De acordo com a Associação Nacional de Comércio Eletrônico, o e-commerce brasileiro registrou um aumento de 18% no faturamento em 2019, em comparação com o ano anterior. Foram movimentados mais de R$ 81 bilhões.
E as projeções são de que esses números só continuem a crescer, principalmente com as novas tendências e tecnologias para os próximos anos. Esses e outros detalhes têm feito muitos empreendedores e varejistas investirem no mundo digital.
Mas engana-se quem pensa que a vida de quem vende on-line é só flores. Além de planejar toda a estrutura que envolve um negócio digital - parcerias, sistemas, fornecedores, etc - outros desafios também fazem parte da vida dos lojistas e administradores de um negócio digital. Um deles é encontrar uma plataforma de e-commerce que ofereça flexibilidade na combinação de soluções, parcerias e valores, respondendo às necessidades e particularidades de cada negócio.
São essas plataformas que permitem a um lojista comercializar seus produtos dentro do ambiente de uma loja on-line e integrar outras ferramentas necessárias ao comércio eletrônico, como as soluções de pagamento, por exemplo.
E nem sempre essa é uma escolha acertada logo de primeira, seja por mudanças que acabaram acontecendo no próprio e-commerce, exigindo outras funcionalidades, ou por alterações na própria plataforma. A questão é ter a tranquilidade de pensar que nem sempre a primeira opção permanecerá para sempre e pode ser que haja a necessidade de uma migração. E esse pode ser um processo desafiador.
Um pouco mais complexa que uma mudança de prédio, por exemplo, que é comum nos comércios físicos, essa migração pode trazer alguns prejuízos se não for feita com atenção e da maneira correta.
Na verdade, muitos fatores podem levar uma loja on-line a decidir por uma mudança de plataforma. Afinal, ninguém corre riscos sem ter um bom motivo. Mas, em primeiro lugar, a migração costuma acontecer por pura necessidade. Algumas plataformas deixam de funcionar ou, até mesmo, deixam de oferecer algumas facilidades e flexibilidades que fazem toda a diferença para quem vende.
A busca de melhor condições - ou de "peças que encaixem", como já citamos - também pode ser um fator decisivo. E aqui, além dos preços competitivos, entra também a necessidade de ferramentas diferenciadas e recursos importantes para o crescimento do negócio, como marketplaces, modais de frete e meios de pagamento.
A verdade é que a busca é sempre por melhores condições para vender mais e melhor, atendendo às necessidades do consumidor e alcançando destaque no grande mundo do e-commerce.
Seja qual for o motivo de uma migração, é preciso conhecer cada desafio que a envolve para poder se planejar bem e minimizar ao máximo os prejuízos. A que ficar atento, então, na hora de migrar de uma plataforma de e-commerce para outra?
Cada plataforma de e-commerce oferece templates e opções de customização diferentes. Por isso, é importante checar o que está disponível nas outras soluções e como elas auxiliam na migração para não correr o risco de ser obrigado a reestruturar todo o site e seu design.
Os navegadores mantêm o registro das URLs de cada site em cache. Na hora de mudar de plataforma, é importante verificar a possibilidade de usar as mesmas URLs da loja on-line anterior ou fazer o redirecionamento das mesmas para o novo site. E isso com todas as páginas: home, produtos e, inclusive, páginas inativas.
Cada lojista sabe bem os sistemas e softwares que utiliza para administrar seu e-commerce. E este é outro ponto importante nas migrações: para tudo isso funcionar junto e facilitar a gestão, é preciso haver integração com a plataforma de e-commerce. Infelizmente, nem todas as plataformas lidam com essas integrações da mesma maneira, por isso é preciso checar se a possível nova solução faz essas conexões.
Com a mudança de URLs, qualquer site perde tráfego, por conta do SEO. Aqui, também vale fazer os redirecionamentos de todas as páginas para que isso não aconteça ou seja o mínimo possível.
Ainda falando sobre os redirecionamentos, se eles não forem feitos da maneira correta, podem gerar páginas duplicadas, o que também influencia no ranqueamento da página. Evitar isso é simples: é só atribuir as canonical tags às páginas com o mesmo conteúdo. Muitas plataformas oferecem suporte para essa etapa.
Na maioria das compras on-line, os clientes precisam realizar um cadastro na loja, então, suas informações ficam registradas. A migração não pode ser inconveniente para os consumidores, por isso é preciso migrar também esses dados para que a experiência de compra não seja afetada.
Assim como as informações dos clientes, o histórico de compras também é muito importante para a administração do e-commerce e para auxiliar em ferramentas antifraude. Por isso, na hora de escolher uma nova plataforma, é preciso entender como é feita a transferência dessas informações e garantir que nada se perca no processo.
Outra lista importante para uma boa gestão é a base de clientes. Afinal, é com esses dados que o lojista pode entrar em contato com quem já comprou no seu e-commerce, oferecer promoções e manter o relacionamento. Isso não pode se perder.
Cuidar de todos esses detalhes não acontece do dia para a noite e as plataformas têm valores diferentes para as migrações. É preciso estar ciente do tempo e do dinheiro que serão gastos em todo esse processo para se planejar bem.
Apesar de ser um grande desafio e exigir muita atenção aos detalhes, a migração de plataformas pode ser muito benéfica quando escolhida uma nova parceria que atenda às necessidades da loja on-line e facilite os processos de mudança.
Para evitar maiores problemas, é importante alinhar um cronograma de migração com a nova solução escolhida, envolver stakeholders que contribuam no processo, fazer testes e validar a usabilidade da loja em todos os dispositivos e monitorar cada fase da migração, validando o design, branding, cadastros de produtos, imagens e integrações.