O ano de 2020 foi marcado por inúmeras mudanças ao redor do mundo devido à pandemia da COVID-19. Com o e-commerce, não foi diferente. Como os hábitos tiveram que ser adaptados para manter o isolamento social, muitas pessoas adotaram as compras pela internet, evitando o deslocamento e possíveis aglomerações. Por isso, as vendas digitais, que já estavam ganhando espaço ano após ano, dispararam de 2019 para 2020.
O estudo do Webshoppers é realizado desde 2001 pela Ebit | Nielsen e é o de maior credibilidade no país, gerando informações sobre os maiores destaques do e-commerce. Por meio da pesquisa, é possível analisar os dados e investir em uma estratégia voltada às tendências que mais crescem.
As análises são semestrais e evidenciam as principais mudanças das vendas online. Na edição 43 do Webshoppers, lançada em março de 2021, foi registrada a marca histórica de R$87 bilhões em faturamento no comércio digital, registrando um aumento de 41% em relação a 2019. Para se ter noção, desde 2011, a média de crescimento de um ano para outro não passava de 28% (número registrado de 2012 para 2013). Isso significa que 2020 foi o ano da explosão do e-commerce, fazendo a curva disparar! Mas o que esse crescimento indica para o futuro?
A pesquisa, além de analisar a renda gerada por meio do e-commerce, traz informações que ajudam a entender melhor o contexto do cenário digital. Esses dados são essenciais para quem está investindo em vendas online, pois direcionam as ações que devem ser tomadas, de acordo com as tendências dos consumidores.
Destacamos, abaixo, algumas análises realizadas pela pesquisa do Webshoppers 43:
A quantidade de pedidos é o principal motivador do crescimento do e-commerce ao longo dos anos. Enquanto em 2019 foram registrados 148 milhões, esse número chegou a 194 milhões em 2020.
As medidas de isolamento social causadas pela pandemia da COVID-19 fizeram com que muitos consumidores que não eram adeptos ao e-commerce mudassem seus hábitos. O número de pessoas que compraram online em 2020 cresceu em 23% comparado a 2019, atraindo 13,2 milhões de novos clientes ao comércio digital.
O valor médio de cada pedido também aumentou, mesmo quando feitos por novos consumidores. Se, em 2019, os clientes recorrentes gastavam cerca de R$434 por pedido e os novos, R$404, em 2020 o valor chegou a R$453 entre os já adeptos e R$443 para os 13,2 milhões de novos compradores de lojas virtuais.
Em 2020, dentre os 12 setores analisados, apenas 2 registraram queda: automotivo e de bebidas. Com festas proibidas e menos deslocamento entre as pessoas, infelizmente, esses segmentos foram impactados negativamente. Em compensação, os petshops registraram uma alta de 143% de pedidos e 108% em faturamento. Enfim, a média de todas as áreas aumentou em 34% de pedidos e 45% em faturamento.
Enquanto 11 segmentos mantiveram a média de faturamento, as lojas de departamentos registraram um volume muito maior que os outros setores, tornando-se o principal motivador da curva crescente geral.
A principais ferramentas para a divulgação do e-commerce também registraram aumento de visitantes em todos os setores analisados. Só em casa e decoração, 39% dos consumidores acessaram à loja por meio de sites de busca e 16% através de anúncios nas redes sociais.
As compras online realizadas por dispositivos móveis também cresceram. O faturamento teve alta de 78% comparado a 2019 e o número de pedidos aumentou em 56% em relação ao ano anterior.
Como em qualquer comércio, as datas comemorativas trazem uma alta gigante nas vendas. No entanto, o e-commerce disparou nas sazonalidades em 2020. O faturamento somado apenas nos feriados chegou a R$30,1 bilhões.
Em resumo, o e-commerce teve um aumento expressivo em 2020, tendência que já era crescente e só foi acelerada devido aos novos hábitos de isolamento. Quando a pandemia acabar, porém, as vendas online continuarão intensas, afinal 83% dos entrevistados pela pesquisa Webshoppers declararam que pretendem continuar com as compras online. Isso significa que o investimento em vendas digitais é uma estratégia que, cada vez mais, deve ser adotada pelos lojistas, afinal, o produto deve estar onde o consumidor está: e o ambiente do século é virtual!
Com cada vez mais consumidores adeptos, o comércio digital só tende a crescer. Mantenha-se atualizado para oferecer as melhores oportunidades para o seu negócio.