Quando a Taxa Pix é aplicada? Saiba tudo para evitar custos

Se existe um método de pagamento que caiu no gosto do brasileiro e fez com que todos os comércios mudassem a forma como fazem a cobrança pelos seus serviços e produtos, sem dúvidas é o Pix. Conhecido como um pagamento instantâneo, ele é usado, basicamente, por 76,4% da população, conforme apontam dados divulgados pelo Banco Central (Bacen).
“Ah, mas o que isso tem a ver com a minha empresa?”. TUDO. Afinal de contas, se o objetivo da sua empresa é vender, ela precisa se adaptar às necessidades e exigências do consumidor.
A verdade é que o Pix abriu as portas para todos no Brasil e isso independente de ser pessoa física ou jurídica, tendo em vista todas as facilidades que ele oferece, incluindo a sua eficiência, a agilidade de recebimento e pagamento, e, claro, a segurança das transações.
Porém, como nem tudo são flores, para os comerciantes existe um pequeno detalhe que merece a atenção: a Taxa Pix. Mas vamos com calma, pois ela não se aplica em todas as cobranças, viu?! Na realidade ela pode ser cobrada em cenários específicos e isso depende muito da política do banco — desde que respeite as determinações do Bacen.
Em outras palavras, como gestor de uma empresa, é essencial conhecer quais são esses cenários para que consiga aplicar o valor da taxa na cobrança de seus serviços e produtos, não prejudicando a gestão do fluxo de caixa da empresa e, consequentemente, o seu lucro.
O que é a Taxa Pix?
Como o próprio nome diz, a Taxa Pix é um valor cobrado pelos bancos em algumas transações realizadas via Pix e ela costuma ser aplicada especialmente às pessoas jurídicas. Ou seja, empresas e MEIs (microempreendedores individuais) — e é uma cobrança diretamente relacionada às diretrizes estabelecidas pelo Banco Central.
Introduzido como uma forma de pagamento instantâneo em 2020, o Pix revolucionou a forma como pessoas e empresas realizam transferências e pagamentos, mas, em certos casos, essas transações podem gerar custos, exigindo muita atenção de todos os gestores. Afinal de contas, todo e qualquer custo precisa fazer parte do planejamento financeiro da empresa.
No caso da Taxa Pix, ela pode ser aplicada sobre transações específicas, como envio e recebimento de dinheiro, além de operações realizadas via QR Code. Essa cobrança, no entanto, não é padronizada, viu?! E o que isso significa? Que cada instituição financeira tem autonomia para definir os valores e as condições aplicadas na Taxa Pix. Logo, não existem valores padronizados, apenas uma estimativa — e conforme as determinações do Bacen, essas taxas podem variar entre 0,99% e 1,45% sobre o valor da transação.
“Então, todas as transações Pix passarão a ser cobradas e todo Pix será taxado?”. Não. Quando o Bacen determinou a cobrança de Taxa Pix, ele deixou a aplicação dos valores sob responsabilidade dos bancos. Isto é, eles não são obrigados a fazer as cobranças em todas as movimentações via Pix. Com isso, existem bancos que optam por não cobrar essa taxa em determinadas situações, oferecendo isenção como um diferencial competitivo para atrair mais contas jurídicas.
Por isso, é essencial que você, gestor, fique atento às diretrizes e políticas do banco ou instituição de pagamento que a sua empresa utiliza. Até porque, conhecer esses detalhes permite evitar surpresas e gerenciar os custos operacionais com maior eficiência.
Quando a Taxa Pix pode ser cobrada?
Conforme explicado anteriormente, a Taxa Pix não é aplicada a todas as transações, e nem todas as instituições financeiras optam por cobrar esse tipo de taxa, viu?! Porém, há situações específicas em que essa cobrança pode ocorrer, especialmente para pessoas jurídicas. Neste sentido, é fundamental estar atento às regras aplicadas pelo banco que a sua empresa utiliza para evitar custos adicionais desnecessários e não planejados no seu dia a dia.
Confira abaixo os casos em que a Taxa Pix pode ser cobrada:
- Quando o recebedor for pessoa física e a transação for realizada usando dados da conta, chave Pix ou iniciação de pagamento.
- Quando o recebedor for pessoa jurídica, utilizando dados da conta ou chave Pix.
- Quando o pagador for pessoa física, em transações direcionadas a empresas ou outros serviços que aplicam a cobrança.
- Quando o pagador for pessoa jurídica e utilizar serviço de iniciação, Pix por QR Code ou qualquer forma de iniciação associada ao Pix Cobrança.
- Quando o recebimento via Pix Automático, um serviço que permite a realização de cobranças recorrentes ou programadas.
5 estratégias para evitar cobranças no uso do Pix em sua empresa
Verdade seja dita, o Pix é um dos métodos de pagamento mais eficientes que existem, permitindo facilitar não apenas o dia a dia do consumidor, mas também das empresas. Afinal de contas, o recebimento passa a ser imediato, garantindo muito mais previsibilidade financeira — além de permitir a realização de transferências instantâneas e pagamentos com facilidade, contribuindo para a otimização dos processos financeiros.
Outro ponto relevante é que muitas transações podem ser realizadas sem custos, o que é uma vantagem significativa. Porém, é essencial estar atento às regras para evitar a cobrança da Taxa Pix. Abaixo, listamos algumas estratégias práticas para ajudar os empresários:
1. Entenda as regras do Banco Central
É importante se familiarizar com as diretrizes estabelecidas pelo Bacen em relação à Taxa Pix, até porque, saber em quais casos a taxa pode ser aplicada permite à empresa tomar decisões estratégicas. Por exemplo, se a sua empresa faz muitas transações para pessoas físicas, é importante saber que algumas podem ser cobradas dependendo da natureza da transação.
2. Compare instituições financeiras
Cada banco ou instituição financeira tem autonomia para definir suas próprias políticas de cobrança para o Pix. Por isso, pesquisar e comparar as condições oferecidas por diferentes instituições pode ajudar a empresa encontrar opções mais vantajosas, como bancos que oferecem isenção em transações específicas. Por exemplo, se sua empresa utiliza o Pix para receber pagamentos de clientes, escolha um banco que não cobre taxas para essas operações.
3. Identifique o tipo de transação
Como dito antes, nem todas as transações via Pix são cobradas. Então, entenda os diferentes tipos de operações que sua empresa realiza e avalie quais delas podem incidir custos. Por exemplo, pagamentos feitos por Código QR ou serviços de iniciação de pagamento são geralmente cobrados, enquanto transferências entre contas da mesma titularidade podem ser isentas — isso permite que a empresa faça um planejamento financeiro mais assertivo.
4. Negocie com seu banco
Muitos bancos estão abertos à negociação, especialmente quando se trata de empresas que movimentam grandes volumes financeiros. Neste caso, entre em contato com a instituição responsável pela conta da sua empresa e verifique a possibilidade de reduzir ou até mesmo eliminar a cobrança dessas taxas. Por exemplo, se a sua empresa realiza muitos pagamentos recorrentes, negocie uma política de cobrança diferenciada para essas transações.
5. Monitore suas transações
Acompanhe todas as operações financeiras realizadas via Pix e analise as cobranças aplicadas. Essa prática não apenas ajuda a identificar possíveis erros ou cobranças indevidas, mas também permite entender quais tipos de transações são mais vantajosas para a sua empresa. Por exemplo, caso perceba uma cobrança elevada em pagamentos por QR Code, é possível buscar alternativas mais econômicas para essa modalidade.
Aproveite os benefícios do pagamento via Pix em sua empresa e evite cobranças
O Pix é, sem dúvidas, uma ferramenta indispensável para a gestão financeira das empresas, não é mesmo?! A sua agilidade e praticidade transformaram a forma como as transações financeiras são realizadas, trazendo benefícios tanto para as empresas quanto para os clientes.
No entanto, para garantir que o Pix continue sendo uma vantagem e não um custo adicional, é fundamental planejar sua utilização de forma estratégica.
Conhecer as regras estabelecidas pelo Bacen, comparar as condições oferecidas pelas instituições financeiras e adotar práticas que otimizem o uso do Pix são passos essenciais para evitar cobranças desnecessárias, permitindo também que esse método não apenas simplifique os processos da empresa, como também se transforme em um diferencial competitivo, ajudando a empresa a oferecer um serviço mais eficiente e econômico.
Portanto, invista tempo em compreender as diretrizes, analisar as melhores opções do mercado e adotar estratégias que tornem o uso dessa ferramenta ainda mais vantajoso para sua empresa. Dessa forma, ela estará não apenas reduzindo custos, mas também fortalecendo a saúde e gestão financeira da sua empresa e aumentando sua competitividade no mercado.
💡Leia também:
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