O que é Gateway e como ele funciona?

Já parou para pensar em quantas etapas existem por trás das cenas entre o botão “finalizar compra” e a chegada do produto na sua casa? Em média, são realizados mais de 1 milhão de pedidos em lojas virtuais no Brasil por dia, totalizando 414 milhões somente em 2024 segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). Esse número impressionante revela não apenas o poder da loja virtual, mas também a complexidade envolvida em cada transação digital, e tudo isso só é possível graças a um elemento fundamental: o gateway.
Mas o que é um gateway? Trata-se da peça-chave que conecta sistemas distintos, direciona informações com precisão e protege dados sensíveis, tudo isso de forma integrada, permitindo que o grande quebra-cabeça do eCommerce funcione com eficiência. Neste artigo, você vai entender os conceitos essenciais sobre gateways, descobrir sua importância em diferentes contextos e obter insights práticos para aplicar essas soluções estratégicas no seu negócio.
O que é gateway?
O significado de “gateway” varia dependendo do contexto, mas o termo pode ser entendido como uma “porta de entrada” para o processamento de informações. No contexto de tecnologia da informação, o gateway é um dispositivo ou serviço que atua como um ponto de conexão entre duas redes, sistemas ou aplicativos distintos, permitindo a comunicação entre eles. A partir disso, é possível transmitir informações de forma praticamente instantânea, garantindo a velocidade necessária para processar pagamentos, registros logísticos, transações e muito mais.
Para que ele serve?
O sistema de gateway facilita a troca de dados entre plataformas heterogêneas, ou seja, aquelas que possuem configurações ou parâmetros diferentes. Dessa forma, é possível traduzir protocolos de comunicação distintos para que sistemas que de outra forma seriam incompatíveis “conversem” sem barreiras.
Além disso, o gateway decide para onde as informações devem ser enviadas, permitindo um tráfego amplo, mas controlado de dados. Ao configurar os gateways, também é possível implementar filtros, autenticação e criptografia para proteger os dados e aumentar a segurança. Isso é essencial para garantir a segurança ao lidar com informações sensíveis, como nomes, endereços, dados de cartão de crédito e muito mais.
Como funciona um gateway?
Basicamente, o gateway padroniza a comunicação entre sistemas diferentes, e tudo começa com o recebimento de um dado. O gateway recebe uma solicitação ou pacote de dados de uma determinada origem (por exemplo, um carrinho de compras ou um botão específico), verifica a integridade e a autenticidade da informação, podendo descartar conteúdo malicioso, e adapta o formato e o protocolo da mensagem para o padrão aceito pela rede de destino.
Em seguida, o gateway envia a mensagem convertida para o sistema ou serviço apropriado (por exemplo, o provedor de pagamento) e recebe a confirmação ou resposta do destino. Por fim, essa resposta é processada e retornada ao sistema de origem.
Graças a esse fluxo de informações, é possível receber e enviar dados de forma segura, rápida e versátil para garantir a agilidade nas compras e operações online.
Tipos de gateway
Existem diversos tipos de gateways, cada um sendo mais adequado para cenários específicos, mas podemos destacar os principais como sendo os gateways uni e bidirecionais:
1. Unidirecional
Como explicamos antes, o significado de gateway é algo como “porta de entrada”. Com isso em mente, imagine que os gateways unidirecionais são uma porta que só abre ao ser empurrada, não puxada. Em termos práticos, isso significa que o tráfego de dados flui em apenas uma direção, do emissor para o receptor, sem o retorno à origem.
Esse tipo de gateway é muito comum na integração de sistemas legados, onde apenas a inserção e entrada de dados é necessária (por exemplo, registro de logs em uma base de dados). Ao impedir qualquer retorno de informações que possam expor vulnerabilidades, os gateways unidirecionais oferecem mais segurança para o tráfego de informações sensíveis.
2. Bidirecional
O gateway bidirecional, por outro lado, pode ser entendido como uma porta pivotante que abre para ambos os lados, permitindo uma troca de dados completa, emitindo e recebendo informações.
Ao permitir um fluxo de informações mais amplo, os gateways bidirecionais garantem mais flexibilidade ao processar de dados, sendo ideais para aplicações dinâmicas. Isso inclui sistemas de pagamento e comunicação em tempo real, como chatbots, onde as confirmações e as interações rápidas são essenciais.
Por que o gateway é tão importante no eCommerce?
No eCommerce, informações de cartões de crédito e dados pessoais transitam pela internet a todo momento. Por isso, os gateways são essenciais para evitar que esses dados sejam interceptados ou manipulados antes de chegarem ao seu destino. Gateways de pagamento, por exemplo, utilizam uma criptografia robusta (SSL/TLS) para garantir a confidencialidade e integridade das transações.
Além disso, o roteamento eficiente das informações ajuda a manter seu eCommerce no ar mesmo durante um pico de tráfego. Os sistemas de gateways também permitem executar diferentes processos em paralelo, mas de forma independente. Isso garante mais escalabilidade para a infraestrutura do site, sendo possível ajustar esses componentes separadamente conforme a demanda. Dessa forma, é possível minimizar o tempo de inatividade da loja virtual, aumentando a satisfação dos clientes.
A padronização dos sistemas de gateway também ajuda os negócios online a garantir a conformidade com diferentes diretrizes e regulações sobre o processamento de dados, como a GDPR e o PCI DSS.
Quais são as principais aplicações do gateway?
Gateways podem ser especializados em diferentes áreas no eCommerce, atendendo a necessidades específicas. Confira as principais aplicações:
- Gateway logístico: como o nome indica, esses gateways conectam as plataformas de vendas aos sistemas de gestão de estoque e transporte, agilizando os processos logísticos. Dessa forma, é possível atualizar os estoques e catálogos em tempo real, gerar etiquetas de envio e planejar as rotas de entrega.
- Gateway de fretes: os gateways de fretes ajudam a integrar as transportadoras e os serviços de entrega. Ao permitir o fluxo de informações essenciais, é possível oferecer serviços como o cálculo dinâmico de tarifas de envio com base no peso, dimensões e trajeto até o destino. Além disso, esses gateways podem ser aplicados para comparar prazos e preços entre fornecedores, ajudando a tomar uma decisão informada ao fazer um pedido.
- Gateway de pagamentos: os gateways de pagamento são o exemplo mais conhecido dessa tecnologia, a ponto de, para muitos, o termo "gateway" ser automaticamente associado a sistemas de transações financeiras. Gateways como o MercadoPago ajudam a processar transações entre cliente, loja e intermediadores — como bancos, operadoras de cartão e instituições de crédito. Essa integração permite oferecer múltiplas formas de pagamento, lidar com chargebacks e estornos, além de gerar relatórios consolidados sobre vendas e taxas.
Plataformas como o Wix já oferecem suporte a dezenas de gateways e provedores, permitindo que lojas virtuais operem com flexibilidade e se adaptem às preferências dos consumidores.
Outros exemplos de utilização de gateways
Para além do eCommerce, os gateways desempenham um papel essencial em vários contextos de TI.
1. Gateway Roteador
O gateway roteador é responsável por encaminhar pacotes de dados entre diferentes sub-redes, operando no nível de protocolo IP. Ele é essencial para conectar, por exemplo, uma rede corporativa interna à internet, garantindo que as informações cheguem ao destino correto. O uso desse tipo de gateway é muito comum em redes de médio e grande porte, como aquelas usadas em escritórios, e ambientes mais complexos, que exigem conexões entre várias redes.
2. Gateway Firewall
O gateway firewall combina as funções de roteamento com mecanismos de filtragem de segurança, sendo capaz de bloquear tráfego suspeito ou não autorizado. Por isso, esses gateways são amplamente utilizados na proteção de ambientes que exigem um nível de segurança elevado, como data centers e escritórios, controlando os acessos externos e evitando invasões.
3. Gateway de Segurança
Por fim, o gateway de segurança é uma solução mais avançada, voltada para ambientes de alta criticidade, como instituições financeiras, aqueles que não podem ficar fora do ar sem causar danos significativos. Esse tipo de gateway oferece recursos como inspeção profunda de pacotes (DPI), sistemas de prevenção de intrusões (IPS) e detecção de malware em tempo real, sendo fundamental para identificar e mitigar ameaças antes que causem danos significativos.
Conclusão
Como vimos neste artigo, um gateway atua como “porta de entrada” ou intermediário entre sistemas, convertendo protocolos e assegurando o fluxo de dados. Dessa forma, os gateways são um componente fundamental das operações online, permitindo enviar e receber informações com eficiência.
Agora que você já sabe o que é gateway, seus diferentes tipos e para que cada um deles serve, está na hora de colocar esse conhecimento em prática. Verifique as opções de gateway oferecidas pelos diversos serviços online que você utiliza, especialmente plataformas de criação de lojas virtuais, marketplaces, serviços de pagamento e soluções logísticas.
Avalie quais gateways atendem melhor às necessidades do seu negócio, seja para garantir transações seguras, otimizar o cálculo de fretes ou integrar diferentes sistemas. Ao escolher corretamente, você assegura mais eficiência, escalabilidade e proteção para a operação do seu eCommerce.
Conteúdo feito em parceria com Wix
Autor: Fabio Goldman – especialista em marketing & growth hacking, atuando como Gerente de Crescimento do Wix & Wix Studio no mercado brasileiro.
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